O ano mal começou, mas 2014 já está marcado pela aposta em "gadgets vestíveis". E no ainda pouco concorrido mercado de óculos inteligentes, um modelo em especial se destaca na corrida contra o famoso Google Glass: o Vuzix M100, um dos primeiros modelos já à venda no mercado.
Vuzix, provável concorrente do Google Glass, é destaque no MWC
(Foto: Allan Melo / TechTudo)
Focado ao mercado empresarial, o Vuzix tem uma proposta mais tímida que o Google Glass. Ao invés de recursos exclusivos, a empresa preferiu apostar em uma arquitetura meio "gambiarra", com um Android 4.0 rodando em uma telinha minúscula sobre os olhos.
"Imagine um técnico que esteja precisando de um suporte em uma hora crítica. O Vuzix é o instrumento perfeito para ajudar, por exemplo, a decidir que o cabo a ser cortado não é o azul, mas o vermelho", explicou um dos diretores da companhia durante uma demonstração do produto no MWC 2014, em Barcelona.
Com o óculos em mãos, é perceptível a noção de que o design não é um ponto forte. Sua construção parece uma cópia chinesa barata do Google Glass, com um material plástico pouco ergonômico, moldável e confortável ao rosto.
No visor, o display é desajeitado e lembra bastante a experiência de se utilizar o viewfinder daquelas câmeras VHS antigas. Em resumo: é uma tela flutuante, colorida, dentro de um pequeno ambiente escuro, visível somente em posições específicas. Para completar, roda uma interface bem semelhante ao Android de um smartphone, e em baixa resolução (240 x 400).
Com o auxílio de sensores como o giroscópio, o acelerômetro e o compasso, entretanto, foi possível testar alguns programas de realidade aumentada, que funcionaram como prometido.
Sobre o sistema, as possibilidades de interações e recursos do Vuzix M100 conseguem ser maiores que os dos óculos do Google. Isso porque ele roda o Android 4.0 completo, equipado por um processador de 1 GHz, com 1 GB de RAM e 4 GB de memória interna. Assim, qualquer app já feito para o Android pode rodar no Vuzix M100 - mesmo que este não possa ser manuseado corretamente, depois de aberto.
Falando em usar, há várias formas de se operar o óculos. No oposto extremo a câmera - que tem 5 MP mas faz vídeos em FullHD - há um sensor de gestos que reconhece o deslizar do dedo da esquerda para a direita, e vice-versa. Além dele, é possível usar os botões físicos, localizados na parte de cima da estrutura mais próxima à orelha. E se nada disso funcionar, você pode usar o Microfone para dar o comando em voz, ordenando o Google Now ou o Siri, do iOS.
Ainda que não pudessem ser testados na ocasião, é importante dizer que ele possui uma bateria externa de 3.800 mAh que, segundo seus criadores, quando acoplada faz o óculos aguentar até 8 horas de uso. Sem ela, a bateria interna de 600 mAh aguenta de 2 a 1 hora de uso contínuo, extendida a 6 horas se o display ficar desligado.
Já disponível para venda nos Estados Unidos e Europa, o Vuzix M100 custa US$ 999 e pode também ser usado para operar apps de outros dispositivos remotamente. Promissor, mas ainda merece um design melhor.
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