Cientistas da Universidade de Bangor, no País de Gales, afirmam que é possível acelerar em duas mil vezes o desempenho das fibras óticas usadas em conexões de Internet atualmente. A pesquisa dos cientistas britânicos procura resolver um problema desse tipo de cabeamento conhecido como dispersão. Entre os resultados, foi possível estabelecer conexões de 20 Gbps, velocidade suficiente para realizar o download de um filme em Full HD em poucos segundos.
Em resumo, cabos de fibra ótica carregam informação digital a altas velocidades, mas conforme o comprimento do cabo aumenta, sua capacidade de encaminhar informação corretamente diminui. Isso causa perda de velocidade e erros de transmissão. A este conjunto de problemas dá-se o nome de dispersão. Hoje em dia, as soluções para esses problemas são o aumento de filamentos dentro dos cabos, o uso de unidades de amplificação de sinal e a utilização de lasers retransmissores. Tudo a preços altíssimos.
Para resolver a dispersão sem aumentar custos, os engenheiros da Universidade de Bangor chegaram a uma solução muito criativa para um velho problema. Eles adaptaram conceitos e tecnologias há muito conhecidas e usadas em transmissões sem fio.
O sistema criado em laboratório transforma a informação bruta em uma série de sinais transmitidos em diversas frequências paralelas. O resultado foi um grande aumento de velocidade na transmissão. O mais interessante é que a técnica, conhecida como Optical Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OOFDM), é utilizada nas conexões DSL que usamos, na transmissão de sinal de TV e até nas redes 4G, em países que oferecem essa tecnologia. De acordo com os cientistas, em pouco tempo, o novo sistema poderá ser adotado nas redes óticas.
Via ISP Review e BBC
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